terça-feira, 17 de maio de 2011

Destino

Não tem pressa o destino
Tateia as paredes insólidas
Veste uma ruga no olhar
Está à espera da hora
Deixa rastros na beira do caminho
Delicia-se com a teia nos passos
Emaranhados atalhos incertos
Que não levam a lugar algum
Mas deixam impressões no céu
Vagando os olhos que não visualizam
O dia depois do amanhã

Mas um dia chega
E satisfeito traveste o véu
Que apenas camuflava possibilidades
Agora silencia a voz da sofreguidão
E não há mais a ruga
Só olhos expectantes a assistir
De camarote o encontro
Destino que se cruza no mesmo olhar
Coração que vira um só
E um mar de infindas promessas
E novamente o véu a cobrir
Derradeiros caminhos ...

Por Vanessa Olivier

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