Bailando nos ladrilhos do sol
Rutilando uma luz de lua
Branca e cristalina
A solfejar pura uma canção de ninar
Deitada por entre as nuvens
Braços de brisa
Tão fortes e resvalados
Tão neutros, submersos
A abraçar quente o corpo rijo.
O mergulho é intrínseco
Ao mar de estrelas, piscando em dialetos
Todas férteis, línguas inusitadas
Mas de percepção similar
Um gozo abstrato de constelação
A tremer em azul neom o céu de anil
Mas uma lareira de tíbios raios
Relâmpagos náufragos em rios de lágrimas
Faz farejar uma busca de fuga
Do espaço ignoto
Crepitando algoz um medo desvairado
E acordando brusco entre banhos de suor e assombro
Era noite, era sonho ...
Por Vanessa Olivier
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