sábado, 21 de setembro de 2019

Floresça



Aos poucos, o frio recolhe suas mantas de gelo,
E eu não sinto mais o vento seco me envolver
Com suas ásperas camadas frígidas.
Há uma sensação de conforto no ar,’
Um sopro quente, mas tíbio abraçando minha pele,
Um aroma sereno de flores recém-nascidas,
Plantas brotando vivazes da terra, folhas se regenerando,
O sol reinando plácido dentro do seu reduto febril.
Dentro de mim, sinto algo vibrando
É um retumbar semelhante ao timbre maciço de uma cigarra
E logo sei da verdade:
Podemos não perceber, mas, no fundo, somos como a primavera.
Sempre é tempo de restaurar o que é bom,
Fazer renascer a vida dentro de nós,
Espantar o frio, abrigar o calor,
E florescer.

Por Vanessa Olivier

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