sexta-feira, 20 de maio de 2011

Busca

Minha busca é perene
Nunca paro ao meio-dia
Arrasto-me como cobras
Numa floresta sibilosa
Voo como urubus revoltos
No céu de âmbar e carniça
Nado como tubarões ansiosos
Num oceano de meandros bêbados
Sou como o peixe espada
Pronto para alfinetar a presa
Sou uma coruja à meia lua
Olhos secos de repentes
Se alguém me machuca
Viro onça pintada
Meticulosa e fria
Mas se alguém me nina
Sou gatinha manhosa
Unhas seladas, língua precisa.

Por Vanessa Olivier

Um comentário: